O Pássaro
Vi um pássaro a comer
E fiquei muito intrigada
Como conseguiria voar
Com a barriga tão pesada?
Levantou voo entre as nuvens
Com uma habilidade nunca vista
Parecia que estávamos no circo
E ele era o principal artista
Fiquei encantada a vê-lo
E pensei que gostaria
De poder ser sua amiga
E voar com ele um dia
Em O Canto dos Poetas
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
António Aleixo
Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.
Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
Vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.
Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!
Luminoso, como sempre o Mestre António Aleixo!
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.
Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
Vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.
Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!
Luminoso, como sempre o Mestre António Aleixo!
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Francisco Machado Pratas
Sem título
Só são assim tão gritantes
Porque há poderes desleais
Esbulhando os ignorantes!
Democratas, ditadores,
O essencial não muda:
Quem trabalha vive horrores,
E não há quem lhes acuda.
Tanto hoje como dantes,
Sejam votados ou não,
Os governos são mandantes
Das vontades do patrão.
Enquanto houver classes,
Não haverá qualquer meio
De impedir que os rapaces
Vivam do esforço alheio.
Mais doutor, menos doutor,
Depois do curso na mão
Vão servir o opressor
E que se dane a nação.
Em O Canto dos Poetas
Só são assim tão gritantes
Porque há poderes desleais
Esbulhando os ignorantes!
Democratas, ditadores,
O essencial não muda:
Quem trabalha vive horrores,
E não há quem lhes acuda.
Tanto hoje como dantes,
Sejam votados ou não,
Os governos são mandantes
Das vontades do patrão.
Enquanto houver classes,
Não haverá qualquer meio
De impedir que os rapaces
Vivam do esforço alheio.
Mais doutor, menos doutor,
Depois do curso na mão
Vão servir o opressor
E que se dane a nação.
Em O Canto dos Poetas
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Francisco Pratas
Eu e o Aleixo
Parte da minha poesia
Gira em torno dum eixo:
Dar luta à hipocrisia
Fazendo jus ao Aleixo.
Não versarei convincente
Como o artista algarvio
Mas sinto como ele sentiu
As dores da pobre gente,
Dói-lhe a pilhagem indecente
Aos haveres de quem os cria,
Daí, a minha energia
Na denúncia dos velhacos,
Pondo ao serviço dos fracos
Parte da minha poesia.
Sou naturalmente assim
E ando cá nesta lida
Com a moral acrescida
De não querer nada para mim.
Só almejo pôr um fim
À indiferença e desleixo
Dos que, à sombra dum freixo
Sugam o mel à colmeia
Enquanto a dor alheia
Gira em torno dum eixo.
Não rimo só por rimar,
Ponho sempre uma mensagem
No dorso duma aragem
Que a possa transportar,
Que ela logre despertar
A consciência arredia
Ou vencer a abulia
Do povo triste e descrente
Porque é muito premente
Dar luta à hipocrisia.
Bem sei das dificuldades
De enfrentar o SISTEMA,
Mas a força dum poema
Pode congregar vontades:
Depois, há realidades
Como com um sorriso seixo
David quebrou o queixo
E o poder de Golias,
Uso estas alegorias
Fazendo jus ao Aleixo.
Em O Canto dos Poetas
Parte da minha poesia
Gira em torno dum eixo:
Dar luta à hipocrisia
Fazendo jus ao Aleixo.
Não versarei convincente
Como o artista algarvio
Mas sinto como ele sentiu
As dores da pobre gente,
Dói-lhe a pilhagem indecente
Aos haveres de quem os cria,
Daí, a minha energia
Na denúncia dos velhacos,
Pondo ao serviço dos fracos
Parte da minha poesia.
Sou naturalmente assim
E ando cá nesta lida
Com a moral acrescida
De não querer nada para mim.
Só almejo pôr um fim
À indiferença e desleixo
Dos que, à sombra dum freixo
Sugam o mel à colmeia
Enquanto a dor alheia
Gira em torno dum eixo.
Não rimo só por rimar,
Ponho sempre uma mensagem
No dorso duma aragem
Que a possa transportar,
Que ela logre despertar
A consciência arredia
Ou vencer a abulia
Do povo triste e descrente
Porque é muito premente
Dar luta à hipocrisia.
Bem sei das dificuldades
De enfrentar o SISTEMA,
Mas a força dum poema
Pode congregar vontades:
Depois, há realidades
Como com um sorriso seixo
David quebrou o queixo
E o poder de Golias,
Uso estas alegorias
Fazendo jus ao Aleixo.
Em O Canto dos Poetas
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Maria Só
Mãos do Povo
Mãos do povo, calejadas e trigueiras
Lutam em grandes canseiras
Malham ferro, enfrentam o mar bravio
Com a vida por um fio
Semeiam, amassam pão
Nas obras, constroem um mundo novo
Mãos do povo, são versos de uma canção
Em gestos de coração
Mãos generosas, carinhosas
Mãos que sabem embalar
Mãos que salvam e afagam
Sabem criar mais valia
Força viva dia a dia
Mãos do povo, mãos poesia
Em O Canto dos Poetas
Mãos do povo, calejadas e trigueiras
Lutam em grandes canseiras
Malham ferro, enfrentam o mar bravio
Com a vida por um fio
Semeiam, amassam pão
Nas obras, constroem um mundo novo
Mãos do povo, são versos de uma canção
Em gestos de coração
Mãos generosas, carinhosas
Mãos que sabem embalar
Mãos que salvam e afagam
Sabem criar mais valia
Força viva dia a dia
Mãos do povo, mãos poesia
Em O Canto dos Poetas
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
J.Rodrigues
Pobre País Mal Governado
Neste país tão desgraçado,
Dizem à beira-mar plantado!
O povo explorado com gosto,
O governo lança mais imposto!
Políticos mal preparados,
Prometendo melhores ordenados!
Prometem melhor e mais saúde,
E assim o povo se ilude!
Cada dia Portugal é mais pobre,
O desemprego continua a subir!
Mas nos bancos o lucro sobe,
A fome põe os portugueses a pedir!
As indústrias estão-se a extinguir,
Para quê estudar e tirar cursos!
Os mais inteligentes estão a sair,
Fica por cá quem não tem recursos!
Cada dia há mais crimes e roubos,
Roubam aos cidadãos e residências!
Os dirigentes fazem de nós bobos,
Aos criminosos tratam com indulgência!
Temos uma polícia mal remunerada,
Retiram-lhe toda a autoridade!
Vive sem condições, mal alojada!
Têm que acabar com esta calamidade!
Existe corrupção a alto nível,
São os jornais que o afirmam!
Isto assim não é mais credível,
Esperamos ver isto um dia acabar!
(publicado em 2009, e tão actual...)
Em O Canto dos Poetas
Neste país tão desgraçado,
Dizem à beira-mar plantado!
O povo explorado com gosto,
O governo lança mais imposto!
Políticos mal preparados,
Prometendo melhores ordenados!
Prometem melhor e mais saúde,
E assim o povo se ilude!
Cada dia Portugal é mais pobre,
O desemprego continua a subir!
Mas nos bancos o lucro sobe,
A fome põe os portugueses a pedir!
As indústrias estão-se a extinguir,
Para quê estudar e tirar cursos!
Os mais inteligentes estão a sair,
Fica por cá quem não tem recursos!
Cada dia há mais crimes e roubos,
Roubam aos cidadãos e residências!
Os dirigentes fazem de nós bobos,
Aos criminosos tratam com indulgência!
Temos uma polícia mal remunerada,
Retiram-lhe toda a autoridade!
Vive sem condições, mal alojada!
Têm que acabar com esta calamidade!
Existe corrupção a alto nível,
São os jornais que o afirmam!
Isto assim não é mais credível,
Esperamos ver isto um dia acabar!
(publicado em 2009, e tão actual...)
Em O Canto dos Poetas
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Viriato Horta
O Mar
Falar do mar não é fácil
Tem muito que se lhe diga
A natureza o criou
Discuti-lo gera intriga
Azul, verde ou cinzento
Conforme a luz ambiente
Bravo ou manso ele se queda
Pela influência que sente
Fonte de grande riqueza
Principalmente em pescado
Nem sempre podem domá-lo
P'ra ser bem aproveitado
Percorrido em permanência
Em todas as direcções
Ligando todos os portos
Com várias embarcações
Aproveitado a preceito
Para diferentes recreios
Quer nas praias ou mar alto
Nos mais variados meios
Quem gosta muito do mar
Sente uma atracção imensa
Não se pode afastar dele
Pois fica em tristeza imensa.
Em O Canto dos Poetas
Falar do mar não é fácil
Tem muito que se lhe diga
A natureza o criou
Discuti-lo gera intriga
Azul, verde ou cinzento
Conforme a luz ambiente
Bravo ou manso ele se queda
Pela influência que sente
Fonte de grande riqueza
Principalmente em pescado
Nem sempre podem domá-lo
P'ra ser bem aproveitado
Percorrido em permanência
Em todas as direcções
Ligando todos os portos
Com várias embarcações
Aproveitado a preceito
Para diferentes recreios
Quer nas praias ou mar alto
Nos mais variados meios
Quem gosta muito do mar
Sente uma atracção imensa
Não se pode afastar dele
Pois fica em tristeza imensa.
Em O Canto dos Poetas
domingo, 11 de novembro de 2012
Custódia Pereira
Ser poeta é estar atento
Ser poeta não é só arte
Não se aprende nem se ensina
É algo que predomina
Aqui e em qualquer parte.
És poeta bem dotado
E vives na fantasia
Com muita arte e magia
Poetas tenham cuidado
Nas frases, ó poeta tens talento
E tens muita invenção
Põe na poesia a vocação
Por isso está sempre atento
Inspira-se no momento
Em que as veias do papel rasgar
Com tinta a realçar
Ele mostra o seu talento.
Pondo a rima a realçar
Na conversa desejada
Fica a poesia realçada
Só é preciso saber rimar.
Ser poeta é estar atento
Ter na poesia vocação
E ter imaginação
Escrevendo frases de talento.
Em O Canto dos Poetas
Ser poeta não é só arte
Não se aprende nem se ensina
É algo que predomina
Aqui e em qualquer parte.
És poeta bem dotado
E vives na fantasia
Com muita arte e magia
Poetas tenham cuidado
Nas frases, ó poeta tens talento
E tens muita invenção
Põe na poesia a vocação
Por isso está sempre atento
Inspira-se no momento
Em que as veias do papel rasgar
Com tinta a realçar
Ele mostra o seu talento.
Pondo a rima a realçar
Na conversa desejada
Fica a poesia realçada
Só é preciso saber rimar.
Ser poeta é estar atento
Ter na poesia vocação
E ter imaginação
Escrevendo frases de talento.
Em O Canto dos Poetas
sábado, 10 de novembro de 2012
Viriato Horta
São Martinho nas Termas
Oh meu rico S. Martinho
Já tardavas em chegar
Com castanhas e bom vinho
Nós te vamos festejar
Sem abusos e sem briga
É tua esta festa boa
Com um pouco de jeropiga
Estamos melhor que em Lisboa.
Para completar o pagode
Há outros frutos que tais
Porém nem sempre se pode
Almejar o que é demais.
O hotel não se esqueceu
E quis dar-nos um miminho
E de gosto até nos deu
Um cheiro de S. Martinho
Estamos gratos assim
Por essa bela lembrança
E o S. Martinho para mim
Foi lembrado com festança.
Em O Canto dos Poetas
Oh meu rico S. Martinho
Já tardavas em chegar
Com castanhas e bom vinho
Nós te vamos festejar
Sem abusos e sem briga
É tua esta festa boa
Com um pouco de jeropiga
Estamos melhor que em Lisboa.
Para completar o pagode
Há outros frutos que tais
Porém nem sempre se pode
Almejar o que é demais.
O hotel não se esqueceu
E quis dar-nos um miminho
E de gosto até nos deu
Um cheiro de S. Martinho
Estamos gratos assim
Por essa bela lembrança
E o S. Martinho para mim
Foi lembrado com festança.
Em O Canto dos Poetas
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Zulmira Candeias Madeira
Terceira Idade bendita
Este meu rosto enrugado
E a cabeça branquinha
São o postal ilustrado
Que acompanha a vida minha!
Chegar à terceira idade
Estar no INVERNO da vida
Exercer uma actividade
Cansada, mas não vencida!
Mas escuta estes conselhos
Transbordando simpatia
E acredita que os velhos
Têm mais SABEDORIA!
Em O Canto dos Poetas
Este meu rosto enrugado
E a cabeça branquinha
São o postal ilustrado
Que acompanha a vida minha!
Chegar à terceira idade
Estar no INVERNO da vida
Exercer uma actividade
Cansada, mas não vencida!
Mas escuta estes conselhos
Transbordando simpatia
E acredita que os velhos
Têm mais SABEDORIA!
Em O Canto dos Poetas
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