terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Augusto Deodato Guerreiro

A poesia e as diferenças que nos unem

Há nos olhares das palavras e dos gestos,
Dos corações a amplas vozes de mil cores,
Como o poema mais brioso e mais diário,
Um mundo são, mais generoso e solidário,
Um mundo novo, vivo, livre e são de afectos.
Há poesia nas palavras mais singelas
Como um poema no mais ínfimo dos gestos.
Há poesia no prazer e no amar
Como um poema em cada forma de sorrir,
Como um poema em cada modo de pensar.
Há poesia nos olhares do repente
Como um poema que nos clama coisas belas.
Há poesia no dizer e no sentir
Como um poema de doçura contundente
Num abraçar a tolerância tão urgente.
Há poesias e poemas a gritar
As liberdades e verdades que se fundem,
Civilizações e culturas que nos unem.
Há poesia no saber e no errar
Como a esperança num poema a namorar...
Como um poema em cada ser de cor dif'rente.
Há poesia em todo o corpo que nós somos,
Há poesia nas dif'renças que nos unem.
Há poesia que nos faz rir e chorar
Como um poema em cada sonho que nós somos,
Como um poema em cada sonho que propomos.
Há poesia nos canhões da paz dos sonhos
Como a verdade e liberdade a exigir,
Como um poema em cada sonho a resistir!

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