domingo, 25 de outubro de 2009

Modesto Martins Lopes

Distraído

Sou um pouco distraído
Confesso que é normal
Talvez seja por desleixo
Que tudo me corre mal

Muitas vezes em companhia
As conversas de momento
Passam para o esquecimento
Na vida do dia a dia
Por causa da letargia
Tenho erros cometido
Por ter falta de sentido
Não evito a confusão
Oiço e não presto atenção
Sou um pouco distraído

Sem fugir à responsabilidade
Do que sou possuidor
Sou às vezes perdedor
Da justiça e da verdade
Penso em tudo facilidade
Como o acto mais banal
Esta conjugação afinal
Foi alguém que ma deixou
Porque ser assim como sou
Confesso que é normal

Nasci assim tributado
De certo que é condão
Por imperícia ou decisão
Tenho sido prejudicado
O período do passado
Foi de terrível desleixo
É só desse que me queixo
Foi mau o tempo vivido
Mas o que tenho sofrido
Talvez seja por desleixo

Não desgosto do meu porte
Apesar de erros conter
Quem segue mesmo a sofrer
Dá sinal do que é forte
Pode ser que um dia a sorte
Não se encontre marginal
Nessa altura crucial
Tenho o futuro comigo
E não digo a um amigo
Que tudo me corre mal

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