quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Rafael Augusto Rodrigues



"O Comboio Era a Vapor"

O que hoje vos vou contar
Tem para mim muito valor
Porque comecei a trabalhar
Quando o Comboio era a vapor.

Na Estação, É dada a Partida...
Pondo-se logo em andamento,
Com Velocidade estabelecida
Até ao próximo afrouxamento.

Corre... Corre... Corre...

A sua missão é andar,
Atravessando Vales e Montes
Começando logo a Apitar
Ao aproximar-sa das Pontes.

Quando vai numa subida
Já andando lentamente
Preparando-se de seguida
Para uma nova pendente.

É vê-lo ganhar Velocidade
Rangendo, Chiando e apitando,
Para falar com verdade
Parece que vai galopando.

Isto era antigamente,
Com a Máquina a Vapor, Fumegando...
Lançando o fumo no ar
Parecendo, de vez em quando,
Ouvi-la a resfolgar.

Ou por vezes sussurrando...
Devagar, devagar, devagar,
Quando se vai aproximando
Da próxima Estação, pr'a parar.

Parando em obediência
À paragem estabelecida
Para cumprir sua missão
Sendo-lhe dada nova Partida,
Pelo Chefe da Estação.

Abalando de seguida
Dando sempre a mesma imagem
Quando se aproxima nova subida
Até à seguinte paragem.

Sempre ele vai apitando
Ouvindo-se lá do alto da Serra
Nos sons que vai lançando:
Pouca Terra... Pouca Terra... Pouca Terra...

Comboio que foste inventado
Para servir as Populações
Hoje és tão mal tratado
Sofrendo muitas contestaçoes.

E esta a tua imagem,
Do Comboio já Lendário
Sendo esta a Homenagem
Dum Antigo FERROVIÁRIO.

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