quarta-feira, 10 de abril de 2013

Rosa Maria Cruz

Tarde

Cai a tarde mansinha
quente e aflitiva,
cai sobre a aldeia branca e
pequenina,
envolvendo numa bruma
silenciosa, calma e doce!

Cai ao de leve com uma suave
brisa
que empurra brincando
os frouxos ramos,
e nos traz o seu fresco aroma.
Ouve~se um melodioso som
cortando a quietude e o silêncio,
ouve-se ao longe, vago, cada vez
mais vago
vago, sim!
Como o ondular das searas
douradas pelo sol
pelo sol que se vai escondendo
demoradamente, silenciosamente!...
Pelo sol
que nos dá luz, vida
e cor!
Pelo sol, que nos deixa a noite
quente e, que à tarde nos abrasa
calorosamente.

Em A Mulher as flores o futuro

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