As lobas dão-me o leite do teu peito.
As águias a distância dos teus passos.
As rosas o delírio do teu leito.
As corças a ternura dos teus braços.
Bebo um vinho doirado em tua boca
que é feito de jacintos amarelos.
Dos meus olhos voou a ave louca
que dança em redor dos teus cabelos.
Passando pelos cornos do inverno
as tua mãos serenas e suaves
são duas pombas brancas no inferno.
E eu grito nos terraços ou nas caves
o amor quase brutal e quase terno
que dói como um punhal e tu não sabes.
Em Os Olhos de Isa
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