sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Jão Vaz Penetra

Alcunhas e Apelidos (continuação)

Também temos Oliveiras
Mas nunca dão azeitona
Houve a Bernarda Carona
As Valerias e Caeiras
Nunes, Marques e Nogueiras
Um "Primeiro Cabo" sem farda
Maltesa e Felizarda
O "Pelicorpe" e o Prudêncio
São do tempo do "Gàdêncio"
E da Rosa do Zé Guarda.

Temos a Chica "Lidora"
A Rubia e a "Marçalina"
Havia a Rosa Rufina
A Vitala e a Pintora
Mas ouçam lá esta agora
Tenho impressão que não erro
Não há ovelha sem berro
Mas há Condes sem Condeças
Havia o Zé das Cabeças
E o Cabecinha de Ferro.

Afonsos, Freires e Faustinos
Não me esqueci das Emílias
Havia grandes famílias
Que seguiram seus destinos
Ofícios "grossos" e "finos"
Há doutores e engenheiros
Misturados com pedreiros
E gente com outros dotes
Havia o "Talha-Capotes"
E há Bichos carpinteiros.

Conheci muito velhinho
Não me perguntem a data
Havia a Rosa Regata
E mestre Zé Ramalhinho
Que era alfaiate e baixinho
E a ti J'aquina Ramalha
Se a memória não me falha
Estava cá a Carvalhinha
A Jóia e o Boguinha
E o Chico da Carvalha.

Houve a ti Ana Pezera
Qu'inda morou na Barroca
Na vila estava o Batoca
O Roque na Asseiceira
João Correia na Pedreira
Foi pr'ó Montijo o Magala
E um caso qu'inda se fala
Duas aves tão diferentes
Casaram sem ser parentes
O Rola com a Pardala.

Rodrigues e Araujos
Andrés e Florentinas
Caracolas e Cesaltinas
Também tivemos marujos
Por falar nos "ditos-cujos"
Nasceu cá um marinheiro
Que estudava o ano inteiro
Rachava  lenha nas férias
Também tinha as suas lerias
O João da Rosa... engenheiro.

(Continua proximamente...)

Sem comentários:

Enviar um comentário