terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Jacinto José Carlos Guerreiro

Relíquias

Na ex-tasca do Arranha
Uma casinha modesta
Fica a capela do fado
Canta-se o fado com gana
Refúgio de gente honesta
A lembrar tempo passado

Quando a noite se vislumbra
Fica a capela em penumbra
Ao gosto de cantador
E em sestilhas magoadas
Recordam-se antiga quadras
Restos de outros amores

Peixe frito e bacalhau
Um sorriso de mulher
Esta vida é mesmo assim
Vinho a dar com um pau
Regalo para um qualquer
Ouvir cantar o Joaquim

Milhentas recordações
Perfiladas lado a lado
Lembram passado e presente
São elas os guardiões
P'ra que a capela do fado
Seja fado p'ra toda a gente

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