quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Manuel Luis de Jesus Beja

Guitarra doce guitarra

Guitarra doce guitarra!...
Companheira da ternura!...
Embala no teu trinar
Minha alma, que a cantar
Chora penas de amargura.
Canto as mágoas do meu peito,
Com a voz que Deus me deu,
Mas meu cantar sem o teu
Não tem sentido nem jeito!

Guitarra!
Oh guitarra dolorida!
Rouxinol do meu encanto,
Numa roseira florida!
Guitarra!
Oh guitarra dolorida!
Minha irmã de meigo pranto,
Poema da minha vida!

Guitarra, doce guitarra!...
Coração de filigrana!
teu ranger suave e quente,
Espalha pelo mundo a semente,
Da saudade lusitana.
Guitarra das noites tristes,
Romance do meu país,
Meu sonho, minha raiz,
Se hoje canto, é porque existes!

Natural da Moita, onde nasceu em 1934, o Manuel Beja teve várias profissões - electricista, desenhador, técnico informático, formador profissional. Foi participante activo do movimento associativo e do Poder Local, integrou um conjunto musical, fez teatro amador e escreveu crónicas em jornais. É autor do livro de poemas Moita do Ribatejo - um olhar sobre o tempo.

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