Carnaval dos bailaricos
Folgazão e engraçado
Porque vens todos os anos
Se no fim és sepultado.
Trazes máscaras de mil cores
Imitas bichos e humanos
Porque vens tão divertido
Se morres todos os anos?
És um dia desejado
Por toda a rapaziada
Ouve-se o rebentar das bombas
Ao raiar a madrugada.
Dos outros dias diferente
És malandro e atrevido
Fazes e dizes coisas
Que nos outros é proibido.
Pulas saltas folgazão
Dizes gracinhas brejeiras
E não fazem distinção
As casadas das solteiras.
Mas se eu não me engano
Como isto vai a andar
Passamos todo o ano
Ao Carnaval a brincar.
A D. Idália, reuniu no livro O Meu Alentejo, edição da autora, alguma da sua poesia anteriormente divulgada em jornais e rádios locais. Dela, apenas sei que nasceu em Messejana e foi residir em Panoias, que, por isso, é a sua segunda terra.
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