Sem Palavras
Olhai aquele menino
Remexendo o dia inteiro
Na lixeira da cidade
Resignado a vil destino
Traz p'la mão o companheiro
Um irmão de tenra idade
Para aqui e para acolá
E apanha do negro chão
Restos do que alguém comeu
Lembra-se da mãe que está
Dentro de um negro caixão
E o pai nunca o conheceu
Toca o sino, é Natal
Chega a hora do sermão
Trocam-se prendas e gestos
Mas, dentro do mundo real
Existem milhões de irmãos
Esperando por alguns restos
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