quarta-feira, 17 de novembro de 2010

José Casimiro Tavares

Eu e a Moita
(musicado por Ismael Ferreira Rocha)

Eu vou cantar afinal
a todos que estão aqui:
Sou de Sines natural
pois foi lá onde eu nasci

Mas muito nova cheguei
a esta Moita, é de ver:
Foi aqui que me criei
nela me tornei mulher.

Coro: A Moita é linda,
          linda linda, de verdade;
          que um dia chegue a cidade,
          é nossa grande ambição.
          A Moita é linda, e o meu desejo
          é dar-lhe enfim longo beijo
          do fundo do coração!

Esta Moita, que é tão boa,
decerto não tem igual,
fica em frente de Lisboa,
que é a nossa capital

Em Setembro - que loucura!
Sua festa é de espantar:
Toda a gente aqui procura
cantar, dançar e... rezar!

Tive o privilégio de conhecer o José Casimiro - participamos em várias reuniões, nomeadamente, naquela em que foi escolhido para encabeçar a lista, em que seria eleito Presidente da Junta de Freguesia de Moita, nas primeiras eleições autárquicas após o 25 de Abril. Era um homem solidário e fraterno. Faleceu em 1990 com 72 anos. Barbeiro de profissão, era, para além de poeta, músico autodidacta e, por isso, muita da sua poesia foi e continua a ser cantada por fadistas. Em "A minha mocidade", poema profundamente autobiográfico, conta-nos a sua atribulada infância.

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